terça-feira, 12 de agosto de 2008

Educação Fisica

A natação tem sido a «prova rainha» dos Jogos Olímpicos. Não só porque Michael Phelps já conquistou três medalhas de ouro, mas também porque os recordes do Mundo caem a uma velocidade estonteante.

Em três dias já caíram 10 recordes mundiais e tudo indica que muitos outros vão ser batidos. A natação tem proporcionado os grandes espectáculos das olimpíadas de Pequim.

O norte-americano, Michael Phelps vai no bom caminho para conquistar oito medalhas e, assim, ultrapassar o lendário Mark Spitz. Para Phelps, cada prova equivale a um recorde do Mundo batido, foi assim nos 400 metros estilos, nos 200 metros livres e ao lado da equipa norte-americana, nos quatro por 100 livres. Esta prova já foi eleita como a mais espectacular de sempre na história da natação. Cinco equipas nadaram abaixo do recorde do Mundo.

Um novo recorde mundial foi alcançado nos primeiros 100 metros, pelo australiano Eamon Sullivan. E depois nos últimos 50 metros, protagonizados pelo francês Alain Bernard e pelo norte-americano Jason Lezak, que parecia voar na piscina olímpica.

Na competição feminina, também já foram batidos três recordes do Mundo. A piscina olímpica, que se encontra dentro do cubo ajuda a que os nadadores alcancem maior velocidade dentro de água. A piscina com três metros é a mais profunda de sempre usada nuns jogos olímpicos e por reduzir o atrito, faz com que os nadadores sejam mais rápidos. Mas o pormenor não é contudo suficiente para que dia-a-dia novos recordes sejam batidos.

Lisboa, 12 Ago (Lusa) - O nadador norte-americano Michael Phelps entrou hoje numa restrita galeria de notáveis, ao conquistar a sua nona medalha de ouro em Jogos Olímpicos, a par de Paavo Nurmi (atletismo), Larysa Latynina (ginástica), Carl Lewis (atletismo) e Mark Spitz (natação).

Michael Phelps caminha para uma meta muito pessoal: superar as sete medalhas de ouro de Spitz na natação dos Jogos Olímpicos de Munique1972, mas para já vai batendo recordes históricos, que não só os mundiais.

Hoje, nos 200 metros livres, Phelps - a nadar na pista seis - voltou a "dourar" o triunfo com um recorde mundial, tal como o fizera nas duas medalhas já conquistadas anteriormente, nos 400 metros estilos e na estafeta dos 4x100 metros livres.

A soma de ouros do norte-americano vai, assim, em nove medalhas, depois das conquistadas em Atenas2004 (100 e 200 metros mariposa, 200 metros estilos, 400 metros estilos, estafeta de 4x100 estilos e estafeta de 4x200 metros livres).

Um nível que equipara o nadador de Baltimore, de 23 anos, a verdadeiras lendas do desporto mundial, embora Phelps tenha elevado a fasquia e proposto algo muito particular, ultrapassar as sete medalhas de Spitz.

O desafio imposto por si próprio tem quarta-feira novo episódio, quando disputar os 200 metros mariposa, outra disciplina onde é detentor do recorde mundial, e muito provavelmente os 4x200 metros livres (cuja série nada ainda hoje).

Apesar das atenções viradas para Phelps, outros têm brilhado no Cubo de Água de Pequim, como são os casos de Aaron Peirsol, que hoje defendeu o título conquistado em Atenas2004 e venceu os 100 metros bruços com recorde mundial.

Peirsol terminou em 52,54 segundos, baixando a marca que já tinha alcançado este ano nas qualificações norte-americanas (52,89).

Nesta prova o também norte-americano Matt Grevers conquistou a prata e o bronze foi "repartido" pelo russo Arkady Vyatchanin e pelo australiano Hayden Stoeckel, que terminaram com o mesmo tempo (53,18).

Nos 100 metros costas os Estados Unidos voltaram a dominar, com Natalie Coughlin a superar a zimbabuena Kirsty Coventry (prata), numa prova em que a luta praticamente se resumia a estas duas nadadoras.

Na última final do dia da natação, a australiana Leisel Jones conquistou a medalha de ouro nos 100 metros bruços femininos, ao vencer a final com o tempo de 1.05,77 minutos, novo recorde olímpico.

Pequim, 12 Ago (Lusa) - A natação conseguiu dois recordes nacionais no quarto dia de competição dos Jogos Olímpicos, que deixou judo e tiro sem medalhas, o remo nas meias-finais e Gustavo Lima, para já quarto em Laser, como melhor português em Pequim2008.

Sara Oliveira foi 19ª nos 200 metros mariposa (2.10,14 minutos) e retirou 1,43 segundos ao seu anterior recorde, mas ficou com um "nó na garganta" por quedar-se a 73 centésimos das meias-finais, cuja última a entrar foi a vencedora da sua série.

Carlos Almeida venceu a sua série dos 200 metros bruços e bateu um recorde nacional com 11 anos: os seus 2.13,34 minutos retiraram 1,55 segundos aos 2.14,90 que José Couto conseguira a 22 de Agosto de 1997, em Sevilha, mas deixaram-no apenas no 32º lugar, a 2,15 segundos do último qualificado para as meias-finais.

Numa pista em que já caíram 10 recordes do Mundo, a natação lusa regista quatro recordes nacionais, depois de Sara Oliveira e Pedro Oliveira já terem conseguido novos máximos nos 100 e 200 metros mariposa, sábado e segunda-feira, respectivamente.

Depois de duas épocas marcadas por lesões, Tiago Venâncio concluiu um percurso difícil em Pequim com o 45º lugar nos 100 metros livres, depois de ter sido 36º nos 200, sempre longe do recorde nacional.

Em Qingdao, a cerca de 600 quilómetros de Pequim, o velejador Gustavo Lima terminou o dia de estreia do Laser no quarto lugar, com os mesmos 13 pontos do terceiro, o argentino Júlio Alsogaray, após ter sido quinto e oitavo nas duas primeiras das 11 regatas.

O velejador de Cascais, nascido há 31 anos no Rio de Janeiro e campeão mundial em 2003, começou da melhor forma os seus terceiros Jogos, prometendo melhorar o sexto lugar de Sidnei2000 e o quinto de Atenas2004 - está a seis pontos da liderança e a quatro do segundo classificado.

Ainda na vela, o 470 de Álvaro Marinho e Miguel Nunes, campeões europeus e vice-campeões mundiais, caiu do terceiro para o sexto lugar, com 31 pontos, mas ficou a apenas seis dos terceiros classificados, os espanhóis Barreiros Onan e Aaron Sarmiento.

Sextos da terceira regata e 15/os na quarta, Marinho e Nunes têm mais 14 pontos do que os líderes, os australianos Nathan Wilmot e Malcolm Page, e 13 em relação aos segundos, os franceses Nicolas Charbonnier e Olivier Bausset.

Apesar de ter subido cinco lugares, João Rodrigues, também campeão europeu e vice-campeão mundial, continua com algumas dificuldades em Qingdao, tendo terminado o segundo dia apenas na 13ª posição, com 46 pontos, mais 38 que o israelita Shahar Zubari, o grande dominador da classe RS:X.

O madeirense, que tem 36 anos e cumpre os seus quintos Jogos Olímpicos, hoje marcou um 10º posto na terceira regata e um oitavo na quarta.

Muito positivo foi o dia do double scull ligeiro, que garantiu um lugar entre os 12 primeiros, ao qualificar-se para as meias-finais com uma notável recuperação que lhe deu a vitória na segunda série das repescagens.

Pedro Fraga e Nuno Mendes eram quartos à entrada dos 500 metros finais, mas foram os primeiros a concluir os dois quilómetros, com o tempo de 6.39,07 minutos, à frente das embarcações de Cuba, do Japão, da Hungria, da Índia e da Coreia do Sul.

Se a vela promete e o remo está ao melhor nível das expectativas, o judo e o tiro desiludiram: João Neto, o campeão da Europa de -81 kg, só foi nono e João Costa não fez melhor do que o 33º lugar na pistola livre a 50 metros, especialidade de que é o líder do "ranking" mundial.

Com o resultado de João Neto, o judo português, que à chegada só prometeu medalhas, sai de Pequim sem qualquer pódio e tendo como melhor o sétimo lugar de Ana Hormigo em -48 kg. Telma Monteiro, João Neto e Pedro Dias, os mais cotados, ficaram apenas em nono e João Pina foi 11º.

João Neto começou bem, vencendo por "ippon" o cubano Óscar Cardenas, o albanês Edmond Topalli e o georgiano Saba Gavashelishvili, mas depois perdeu com o sul-coreano Kim Jae-bum, por falta de combatividade no prolongamento, e no primeiro combate das repescagens foi eliminado pelo polaco Robert Krawczyk, por "ippon".

João Costa teve o seu pior resultado em três edições dos Jogos Olímpicos: após sábado ter sido 18º em pistola de ar comprimido a 10 metros, foi 33º em pistola livre a 50 metros, com um total de 549 pontos e os parciais de 93, 95, 91, 95, 88 e 87 nas seis séries.

Nas suas duas anteriores participações em Jogos Olímpicos, em Sydney2000 e Atenas2004, tinha sido 17º e sétimo na prova de pistola de ar comprimido a 10 metros e 12º e 27º na de pistola livre a 50 metros, respectivamente.

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